Você se recorda da primeira vez que tomou um café especial? Com certeza notou a diferença entre a sua cor e a cor dos cafés tradicionais, não é? Isso acontece porque existem diferentes tipos de torra de café.
Ficou curioso? Nós te explicamos!
Como é o processo da torra do café?
Primeiro o grão cru é submetido ao aquecimento gradual de um torrador. Esse processo pode levar, em média, até 12 minutos, com temperaturas que podem variar entre 180º a 240 °C. No torrador, o calor desencadeia diversas reações no grão: os amidos viram açúcares e as moléculas de proteínas são quebradas e no processo de torra, muitas características e propriedades do café ficam mais salientes. Os atributos sensoriais da bebida estão diretamente relacionados com o grau de torra do café.
Torra clara: acentua a presença da acidez cítrica do grão, que lembra a do limão. Também destaca os diversos aromas dos cafés finos e delicados. Nesse processo os óleos essenciais são preservados, produzindo uma bebida mais encorpada. Por não ficar muito tempo no torrador, os grãos não desenvolvem o amargor acentuado, que é aquele gostinho de queimado. Assim, o resultado é uma bebida com sabor suave ao nosso paladar.
Torra média: É nesta torra que o café encontra o seu ponto de equilíbrio: acidez, doçura, amargor e corpo. Acontece a intensa caramelização dos açúcares e a decomposição dos ácidos naturais, que fazem com que o grão diminua os óleos essenciais, sua acidez intensa, aromas e sabores. Em contrapartida, ganha mais corpo e apresenta tonalidade marrom e avermelhada. O resultado é uma bebida em perfeita harmonia, que preenche a boca e deixa um final doce prolongado no paladar.
Torra escura: Ponto em que os grãos começam a escurecer, por isso a torra deve ser paralisada antes da queima dos grãos, para evitar uma bebida desagradável. Nessa torra o resultado é um café menos ácido, com uma leve doçura e um pouco de óleo na superfície.
O amargor começa a ficar mais acentuado e os grãos apresentam tonalidades escuras, com tons amarronzados. Ele nos lembra chocolate e caramelo e é muitas vezes confundido com um café mais forte. Essa é a torra dos cafés tradicionais que temos no mercado, e a mais habitual consumida pelos brasileiros.
